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O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Medicina Regenerativa
INCT-REGENERA se propõe a desenvolver o campo da Medicina Regenerativa no Brasil, com base em uma tríade que inclui as células-tronco, matrizes e fatores recombinantes, para a bioengenharia de órgãos e tecidos. A transição epidemiológica de um cenário em que doenças infecto-parasitárias representavam a maior carga de doença para um no qual as doenças crônico-degenerativas predominam, impõe novos desafios ao Sistema de Saúde. Este cenário preocupante foi ainda mais agravado pela rápida transição para uma crescente população de idosos no Brasil, como mostra a figura abaixo.
Além disso, a carga de doença atribuível a causas externas (violência e acidentes de trânsito) em nosso país atinge 9,5% da carga total de doença, afetando, significativamente, jovens do sexo masculino que sofrem lesões traumáticas, as quais exigem, em muitos casos, apoio médico contínuo. Se o Brasil quiser ter um Sistema de Saúde sustentável, será essencial o desenvolvimento de tecnologias acessíveis para enfrentar esses desafios. |
Acreditamos, firmemente, que a Medicina Regenerativa representa uma mudança de paradigma capaz de responder a estes desafios. Esta é uma nova abordagem para tratamentos médicos, procurando-se reparar, regenerar ou remodelar órgãos e tecidos, utilizando princípios de Bioengenharia. Estes princípios estão profundamente enraizados no conhecimento básico sobre a Biologia das células-tronco, suas interações com fatores peptídicos de crescimento e matrizes, além do conhecimento e da tecnologia que são necessários para produzir esses fatores e matrizes.
A relevância da Medicina Regenerativa no Brasil é assegurada por sua inclusão, como um dos temas prioritários, no "Plano Brasil Maior", do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e no "Plano Nacional de Saúde", do Ministério da Saúde. Atualmente, o Brasil ocupa o 19o lugar no Mundo em publicações científicas sobre Células-Tronco/Medicina Regenerativa (fonte: GoPubmed), com muitas publicações em revistas de baixo impacto, sendo muito poucas as publicações resultantes de colaborações internacionais. O esforço do grupo neste INCT certamente resultará em avanços significativos e sólidos para a área de Medicina Regenerativa no Brasil. Nossa meta é estar na lista dos 10 melhores e aumentar significativamente nossas colaborações internacionais nos próximos seis anos, trazendo-as de 2% para 20% nos artigos publicados. |